Festival "Bang Awards" homenageia centenário do cinema de animação brasileiro
- UFUPIC
- 10 de out. de 2018
- 2 min de leitura
10/10/2018 | 22h
Por - Anna Júlia Lopes

Dos dias 11 a 13 de outubro em Torres Vedras, Portugal, ocorrerá a 4ª edição do festival internacional de cinema de animação: o “Bang Awards”. É fato que as animações agradam vários públicos, pois ao mesmo tempo que ajudam no crescimento e compreendimento de mundo das crianças, também sensibilizam os adultos. E por esse motivo, o “Bang” é um festival que tenta interagir com a comunidade, agindo localmente e até mesmo internacionalmente. Um de seus projetos aconteceu na própria cidade de Torres Vedras, em conjunto com a comunidade cigana, em que crianças representavam sua cultura no mundo da animação. Outro exemplo de atividade social aconteceu no Brasil em parceria com a ONG “Favela é isso aí”, que incentivou a produção cultural na periferia brasileira.

O tema da edição de 2018 é o amor. Em tempos tão sombrios e na atual conjuntura mundial, esse sentimento pode e deve inspirar as pessoas. O “Bang” tem como um de seus maiores objetivos integrar no mundo artístico – artístico porque não aborda apenas o cinema, mas também a arte de ilustrar – aquelas pessoas que se encontram limitadas socioeconomicamente. Portanto, o festival oferece e incentiva a humanidade e a empatia, sendo esses conceitos ligados ao ato de amar.

Somado a isso, ocorrerá uma homenagem aos 100 anos de animação brasileira, com direito à presença de 13 produções, sendo elas: "Salu e o Cavalo Marinho", de Cecilia da Fonte; "Aquitã, O Indiozinho", de Frata Soares; "Lipe, Vovô e o Monstro", de Felippe Steffens e Carlos Mateus; “Menina da Chuva “, de Rosária; “Bomtempo” de Alexandre Dubiela; “Sushi Man”, de Pedro Iuá; “Vida Maria”, de Márcio Ramos; “O grande evento”, de Thomas Larson; “Noturno”, de Aída Queiroz; “Linhas e Espirais”, de Diego Akel; “De janela pro cinema”, de Quiá Rodrigues; “A Morte do rei de Barro”, de Marcos Buccini e Plínio Uchôa; “Viagem na Chuva”, de Wesley Rodrigues.

E apesar da pouca visualização e repercussão das animações nacionais no Brasil em si, Quiá Rodrigues, o diretor do filme stop-motion “De janela pro cinema” afirma que os animadores brasileiros sempre tiveram reconhecimento no exterior, com seus curtas autorais, originais e pulsantes, alcançando espaço em festivais ao redor do mundo. E em entrevista, o diretor comenta sobre o motivo do reconhecimento do talento brasileiro na produção de um conteúdo inovador: “Graças ao que é primordial: o talento ímpar de animadores brasileiros na produção de conteúdo original e competitivo esse caminho está se consolidando e abrindo grandes possibilidades para as novas gerações. É uma conquista galgada aos poucos, passo a passo, mas com o que é primordial: persistência e qualidade artística.”
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